02 janeiro 2008

Lusco-fusco

Há um momento em que a noite deixa de ser noite.
Deixa de ser noite mas ainda não é dia.
É aquele instante em que as cores acordam.
Acordam, sonolentas, ainda sem a energia que o sol lhes transmite.

Esse momento é mágico!
É um interregno entre o escuro e o claro.
Uma trégua na eterna luta entre a luz e a sombra.

Serão momentos como este que inspiram os grandes artistas.
Que inspiram contos fantásticos, pinturas subtis, poemas à criação...

O perpétuo movimento da terra oferece outro momento mágico:
o lusco-fusco depois do sol fugir para lá do horizonte.

O pôr-do-sol estará sobrevalorizado... e é muito visto.
E os instantes seguintes, na transição entre os laranjas e os violetas, estão documentados detalhadamente, com todas as cores e palavras.

Um dia, ainda embrião, que nasce de uma Lua cheia, prenha de luz, está
prestes a iluminar o mundo e parece que ninguém repara...
E se ninguém nota... anoto eu.